21 outubro 2014

Presos são transferidos após o fim de rebelião na Penitenciária de Maringá



Maringá – A Secretaria de Justiça do Paraná aceitou transferir 20 dos 60 presos amotinados na Penitenciária Estadual de Maringá. A rebelião terminou no fim da manhã de ontem, com a liberação dos agentes penitenciários mantidos como reféns. O motim durou 17 horas.
Esta foi a 22ª rebelião ocorrida no sistema penitenciário do Paraná neste ano.
A reivindicação dos cerca de 60 amotinados era a transferência para outros presídios, mais próximos de familiares, e a progressão de pena -para regime aberto ou semiaberto. A cadeia de Maringá abrigava 400 detentos, pouco acima da capacidade de 374 vagas.
A Secretaria de Justiça do Paraná aceitou transferir 20 presos para outras cidades do Estado, assim como tem sido feito em outras negociações. As remoções começaram ainda ontem pela manhã.
O diretor da PEM, Vaine Gomes, informou que outros dois agentes que estiveram no local no início do motim tiveram ferimentos leves. Gomes disse ainda que os presos reivindicavam as transferências para outras unidades.
"Alguns são daqui de Maringá mas não queriam ficar na cidade, e solicitaram suas transferências para outras unidades. Reivindicavam também algumas questões jurídicas para progressão de benefício", explicou.
Ainda conforme o diretor da penitenciária, as primeiras informações são que quatro celas ficaram danificadas; A direção irá apurar se houve falha no sistema de segurança.
Outra - Na semana passada, 12 agentes penitenciários e sete presos já haviam sido feitos reféns em uma rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapuava (a 252 km de Curitiba). Detentos foram pendurados de ponta-cabeça e agredidos em cima do telhado. A rebelião terminou 48 horas depois.
Na mais grave ocorrência, em agosto, um motim em Cascavel (oeste do Estado) deixou cinco detentos mortos, sendo dois deles decapitados.
Para conter as rebeliões, o governo do Paraná anunciou na sexta-feira (17) novas medidas, como a revisão dos procedimentos internos de segurança, a automatização das unidades prisionais e a criação de uma força-tarefa para estabelecer um protocolo em caso de crise.
O governo também deve enviar ontem um projeto de lei à Assembleia para obrigar operadoras de telefonia a bloquearem o sinal de celulares no interior das penitenciárias.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários postados pelos leitores deste blog correspondem a opinião e são responsabilidade dos respectivos comentaristas.