18 dezembro 2014

Alckmin confirma troca na Secretaria de Segurança Pública



Novo secretário é filiado ao PMDB e já trabalhou na gestão Kassab como presidente da CET e da SPtrans



Alexandre de Moraes, o novo secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo (Edson Lopes Jr/A2 FOTOGRAFIA/Divulgação)

   O governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta quarta-feira a substituição do secretáriode Segurança Pública Fernando Grella pelo advogado Alexandre de Moraes. Secretário de Justiça de Alckmin entre 2002 e 2005 e filiado ao PMDB, Moraes vai assumir o cargo no dia primeiro de janeiro. Em sua primeira entrevista após a nomeação, Moraes afirmou que vai dar continuidade à gestão Grella e que planeja reduzir a criminalidade, e não apenas os roubos. Também destacou que a marca de seu antecessor foi o "respeito aos direitos humanos".

   O novo secretário sinalizou também que o governo do Estado deverá levar à Assembleia Legislativa novas leis voltadas à questão da segurança. "O Supremo Tribunal Federal (STF), recentemente, julgando uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) sobre uma legislação estadual de Alagoas, acabou abrindo uma possibilidade maior de os Estados legislarem sobre questões afeitas à segurança pública. Vamos explorar isso para trazer novos mecanismos legais de combate à criminalidade", afirmou.

   Moraes foi presidente da antiga Fundação para o Bem-Estar do Menor (Febem) e participou da criação da minuta de um projeto de lei que defende que os adolescentes detidos permaneçam por mais tempo na Fundação Casa — o tema ainda depende de aprovação do Congresso. O secretário também destacou a intenção de aumentar a interlocução com o governo federal e com municípios para planejar ações policiais.

  O novo secretário também participou da gestão Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura entre 2007 e 2010, quando acumulou os cargos de presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da São Paulo Transporte (SPTrans), além de secretário de Transportes e de Serviços. Ficou conhecido como super-secretário, administrando um orçamento de cerca de R$ 5 bilhões até romper com Kassab e deixar o governo, na época em que o ex-prefeito articulava a saída do DEM e criava o PSD. O atual secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, foi convidado por Alckmin para assumir a Secretaria da Justiça, mas recusou o convite. Assim, deixará o governo em janeiro. Ele afirmou, hoje, que sua intenção é retornar ao Ministério Público Estadual, onde é promotor público. "Cumpri minha missão", disse.

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