13 março 2018

Agentes penitenciários podem retomar greve no Piauí, diz Sinpoljuspi



Além da retomada da greve, categoria pede que o Secretário de Justiça se submeta a um exame psicológico.


12/03/2018 17:03h - Atualizado em 12/03/2018 17:20h



O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) convocou uma nova assembleia para decidir sobre a retomada do movimento paredista pela categoria. De acordo com o Sinpoljuspi, a motivação para retomada da greve é o suposto descumprimento dos acordos firmados entre o sindicato e o Governo do Estado do Piauí durante a última greve da categoria, em setembro de 2017. A assembleia geral será realizada no próximo dia 20.


Segundo o presidente do Sinpoljuspi, José Roberto Pereira, entre os acordos não cumpridos pelo Governo do Estado estão: a ausência de negociações sobre o reajuste salarial para o ano de 2018, a não convocação de 166 aprovados em concurso para o curso de formação e a falta de equipamentos de proteção individual, como fardamentos e pistolas.

“O primeiro ponto é o reajuste, até o presente momento não houve nenhuma tratativa em relação a essa situação colocada no dissídio. Já o segundo ponto, sobre a convocação dos concursados para o curso de formação, o Governo chamou apenas 150 no dia 8 de janeiro, e até agora os outros 166 estão a ver navios. Lembrando que o próprio acordo coloca uma data até o dia 28 de fevereiro para que todos estivessem no curso de formação”, explica o presidente do Sinpoljuspi.



Agentes penitenciários podem retomar greve no Piauí, diz Sinpoljuspi. (Foto: Arquivo O Dia)


Além disso, o presidente do Sinpoljuspi alegou que a Secretaria de Justiça tem utilizado de métodos pouco ortodoxos para permitir a concessão de pistolas aos agentes penitenciários. “Não obstante ter passado pelo teste psicológico e curso de armamento e tiro, para ter a pistola o agente precisa passar por uma audiência pessoal com o secretário de Justiça, num verdadeiro atentado a dignidade do agente penitenciário”, enfatiza José Roberto Pereira.

Categoria pede exame psicológico de Secretário

O Sinpoljuspi ingressou, nesta segunda-feira (12), com um ofício, junto ao Governo do Estado, solicitando que o atual Secretário de Justiça, Daniel Oliveira, se submeta à exame psicológico. Entre as alegações do Sindicato para justificar a avaliação psicológica do Secretário está a exigência do mesmo exame para toda a categoria.

“Para os agentes ingressarem no sistema, eles precisam passar por exame psicológico. O secretário, que deveria ser o nosso líder, não tem o preparo mental e equilíbrio emocional para estar à frente da Sejus. Protocolamos hoje para que o Governo cuide da saúde mental dele e determine que ele seja submetido ao exame psicológico”, afirma o presidente do Sinpoljuspi, José Roberto Pereira.

Contraponto

Em nota, a Secretaria de Justiça informou que o reajuste foi concedido, os aprovados em concurso foram chamados e estão passando por curso de formação. Além disso, a Sejus também argumenta que os novos equipamentos de proteção foram entregues em todas as unidades prisionais do Estado. Já sobre o ofício encaminhado ao Governo do Estado que solicita a realização de exame psicológico, o secretário de Justiça, Daniel Oliveira, informou que não irá se manifestar sobre o caso.

Greve

Os agentes penitenciários do Piauí decidiram encerrar o movimento grevista em 26 de setembro de 2017, após 16 dias de paralisação. A greve foi encerrada depois que o Governo do Estado decidiu abrir um canal de negociação em relação às pautas de reivindicação da categoria. Entre as exigências da classe estavam: reajuste salarial, pagamento de insalubridade, nomeação de agentes concursados e melhores condições de trabalho.

https://www.portalodia.com/noticias/piaui/agentes-penitenciarios-podem-retomar-greve-no-piaui,-diz-sinpoljuspi-314924.html

Um comentário:

  1. Lá pelo jeito são todos unidos,em SP kkkk é só comédia,o estado cala a boca do guarda com dejep e já era. DiZ o ditado o guarda n pode sofre, mas enquanto a sap estiver no comando o guarda vai sofre e muito. Sap secretaria que não deu certo.

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